lunes, 2 de marzo de 2020

Maternidade: O emergir do novo


Assim que um bebê vem ao mundo, o ser da mãe é ressignificado, incorporando novos medos, inseguranças, e um novo sentido para palavras como felicidade e amor. Vem também o desejo de que aqueles pequenos olhos, ao nos olharem, reflitam a melhor versão de nós mesmas. E isso nos fortalece.
O olhar infantil traz consigo o emergir do novo, capaz de trazer à tona as possibilidades nunca vividas, os sonhos adormecidos. O olhar infantil é como uma brisa fresca num dia de calor intenso, daquelas que quando toca nossa pele nos faz fechar os olhos, respirar fundo e sorrir. Revigorante. O olhar infantil traz a realidade pintada com outras cores e isso apaga um pouco da monotonia ou monocromia que muitas vezes a vida impõe. E não é preciso ser mãe para ver isso, basta ser um bom observador.
Dentro deste processo de buscar a melhor versão de si mesma, cuidado para não extrapolar e se exigir demais. Há um ponto essencial que às vezes deixamos escapar: não importa se o seu filho foi programado ou se nasceu de um acaso da vida, se você leu todos os livros sobre maternidade ou se nem teve tempo para pensar nisso, se fez pilates e hidroginástica até os nove meses ou se ficou deitada no sofá se entupindo de comida, se o quarto é todo decorado ou divido com mais três ou quatro irmãos, se conseguiu amamentar ou não, se trabalha ou decidiu ficar em casa, independente de como foi a gravidez ou o parto, o seu filho vai ter total admiração por você. Isso é fato.
Não é o filho que exige que você seja melhor, é o reflexo da esperança que reside na potência, recheado de alternativas possíveis. Não se esqueça que procurar ser uma pessoa melhor é sempre uma ótima opção para se seguir, mas não deixe que esta vontade ou necessidade se torne um peso a ponto de sufocar. Num mundo sem fôlego, respirar é sempre a melhor opção.
Thatiane Moreira

No hay comentarios:

Publicar un comentario